Morreu aos 70 anos o jornalista Luiz Antonio Mello, conhecido como LAM. O comunicador estava internado no Hospital Icaraí, em Niterói (RJ), e se recuperava de uma pancreatite. Ao passar por um exame de ressonância, sofreu uma parada cardíaca.
A informação é do jornal A Tribuna. Mello se notabilizou por ter sido a mente por trás do projeto “Maldita” da Fluminense FM, rádio em Niterói que revelou grandes nomes do rock brasileiro na década de 1980. Barão Vermelho, Blitz, Legião Urbana e Os Paralamas do Sucesso são algumas das bandas que, até então novatas, se consagraram após passar pela programação.
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Com passagens anteriores pela Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Jornal Última Hora, LAM se envolveu com a Fluminense FM, à época esquecida, em 1981. Foi convidado para montar toda a programação da rádio e deu espaço não apenas para a cena do rock nacional daqueles tempos, como também a artistas mais ousados da MPB que não tinham espaço nas FMs.
No ano seguinte, a “Maldita” — como foi apelidada a Fluminense FM — estreou e fez história tanto por sua programação como, também, por ser a primeira emissora a contar somente com mulheres na locução. Sobre isso, ele contou para A Tribuna:
“Já que íamos tocar bandas de som pesado, íamos falar com voz suave, para compensar. Além disso, não havia nenhuma rádio com vozes femininas. Era um machismo enorme. Fizemos um concurso para locutoras, e mais de 300 mulheres se candidataram. A estreia foi na madrugada de 1º de março de 1982 e estávamos eu, Sérgio [Vasconcellos] e Amaury [Santos]. Nos abraçamos e dissemos ‘Fluminense FM Maldita!’. Não sabíamos, mas estávamos carimbando o apelido, já que ela era maldita por tocar o que era considerado maldito pelo mercado.”
Sua trajetória incluiu ainda passagens pela Globo FM (participando da implantação), gravadora Polygram (consultor de marketing do departamento internacional), selo Windham Hill Records (responsável pelo lançamento), Rede Manchete (direção), BandNews FM sucursal Rio de Janeiro (membro da equipe fundadora), entre outros. Atuou também como produtor musical de artistas como Celso Blues Boy e Antônio Quintella.
Lançou seis livros, um deles sendo A Onda Maldita (1992), que conta a história do projeto “Maldita” da Fluminense FM. A trajetória foi narrada também no documentário A Maldita (2018), de Tetê Mattos, e no filme Aumenta que é Rock and Roll (2024), cinebiografia dirigida por Tomás Portella e produzida pela Globo Filmes. Neste, LAM é interpretado por Johnny Massaro.
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